Testes para Covid-19 podem ser adquiridos por empresas, escolas particulares e prefeituras na Unisinos

Seguindo um rígido protocolo de proteção, os testes para o diagnóstico do novo coronavírus (Covid-19) estão sendo processados desde maio no laboratório do Hemocord, uma empresa de biotecnologia e banco de células-tronco de sangue e tecido de cordão umbilical, com laboratório de criopreservação. A ação é resultado de uma parceria entre a Unisinos, o Parque Tecnológico São Leopoldo – Tecnosinos, o Hemocord – Biotecnologia e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE.

De acordo com a CEO do Hemocord, Karolyn Sassi Ogliari, que também é professora do curso de Medicina da Unisinos, em pouco mais de 30 dias de operação foram realizados 200 testes. As coletas ocorreram no Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Metroviário e Conexas do RS – SINDIMETRÔ-RS e em empresas filiadas à Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Tecnologia de São Leopoldo – ACIST-SL. “Todos os testes que realizamos até o momento deram negativo para a Covid-19. Mas, é preciso manter a cautela. O Rio Grande do Sul começou cedo com ações preventivas. A reabertura gradual está sendo prudente, com medidas que nos trazem otimismo”, explica.

Karolyn ressalta que, com a flexibilização do distanciamento social e a retomada gradual das atividades no Estado, comércios, empresas e escolas particulares precisam adotar rígidos protocolos de segurança, o que inclui a saúde dos funcionários. Uma das formas de tentar garantir isso é por meio da testagem dos colaboradores. “Além do uso das máscaras, a realização dos testes vai dar segurança e proteção tanto para funcionários e professores, quanto para frequentadores do ambiente”.

A iniciativa faz parte de uma série de ações que vêm sendo desenvolvidas no ecossistema de inovação da Unisinos para combater a pandemia.

Como contratar?

A parceria entre a Unisinos, Tecnosinos, Hemocord e BRDE é uma operação sem fins lucrativos, o que possibilitou a disponibilização de testes do tipo RT-PCR com ótimo custo benefício:

  • Compra parcial – R$ 135,00/teste. Laboratório fornece kit de extração e teste. Prefeitura/instituição fornece swabs, faz coleta e transporte.
  • Compra Fechada sem coleta – R$ 175,00/teste. Laboratório fornece tudo: swabs, kit extração, kit teste. Prefeitura/instituição faz a coleta e transporte.
  • Compra Fechada com coleta – R$ 185,00/teste. Laboratório fornece tudo: swabs, kit extração, kit teste. Faz a coleta e transporte.

    Os testes individuais possuem um custo menor do que o valor praticado por farmácias da região, podendo chegar a uma economia de cerca de R$ 100,00. Empresas ou municípios interessados em processar testes no laboratório devem entrar em contato pelo telefone (51) 99657-7979 ou através do e-mail: unitec@unisinos.br.

Mas afinal, qual a diferença entre o teste rápido e o RT-PCR?

O teste rápido identifica se a pessoa já teve ou não contato com o vírus. Nesse método de exame é utilizada a chamada imunocromatografia, que é a geração de cor a partir de uma reação química entre antígeno (substância estranha ao organismo) e anticorpo (elemento de defesa do organismo). Os resultados obtidos são chamados de IgM e IgG, que são as defesas do organismo a um agente externo, como o vírus que provoca a Covid-19. A coleta de sangue é semelhante à que é feita para medição de glicose, com uma picada no dedo. Logo depois, a amostra é colocada em um pequeno dispositivo de teste, que dará o resultado entre 10 e 30 minutos. O exame só é indicado a partir do sétimo dia após o surgimento dos sintomas da doença. Esse tempo é necessário para que o organismo tenha produzido quantidade suficiente de anticorpos que possa ser detectada no teste.

Já o teste RT-PCR realiza o diagnóstico se a pessoa estiver contaminada no momento do exame. A comunidade científica vem estudando intensamente o comportamento do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e atualmente apenas os ensaios que detectam antígenos são indicados para determinação do diagnóstico, pois permitem verificar se o vírus está presente na amostra testada. A coleta é feita com um swab, que é parecido com um cotonete. A amostra é retirada do nariz ou da boca e enviada para análise em um laboratório. O resultado leva algumas horas para ficar pronto, mas pode chegar a dias por conta da grande procura pelo exame. O RT-PCR é indicado para diagnóstico porque consegue detectar o vírus na amostra coletada já nos primeiros dias de infecção.


16 de Junho de 2020
Destaque HEMOCORD Tecnosinos