SPI usa tecnologia para auxiliar no combate à Covid-19

Empresa instalada no Tecnosinos desenvolve soluções inovadoras durante a pandemia

A inovação caminha lado a lado com a busca de soluções para problemas complexos, como, por exemplo, o que estamos enfrentando na pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Neste sentido, a SPI Integração de Sistemas, uma empresa com sede em São Paulo, cuja filial está instalada há mais de 10 anos no Parque Tecnológico São Leopoldo – Tecnosinos, desenvolveu diversas iniciativas ao longo dos últimos meses. As ações aplicam tecnologias com o objetivo de reduzir o risco de contaminação dos profissionais que atuam na linha de frente no combate à doença.

O diretor da SPI, Tadeu Diego Vianna, destaca três projetos, em especial: fábrica de máscaras, IoT x Covid e Robôs x Covid. “A tecnologia vem para mudar a forma como vivemos. Além de testar as soluções, estamos vendo como elas impactam positivamente a sociedade”.

O primeiro dos projetos teve início em maio de 2020. Em um trabalho conjunto e multidisciplinar entre a SPI e a General Motors (GM), foi criada uma máquina para produção de máscaras de proteção, que foi montada e testada em tempo recorde no Brasil. A linha de produção, instalada no Complexo Industrial da GM em São Caetano do Sul (SP), fabricou máscaras destinadas aos empregados da montadora, além de doações para a comunidade.

“Para executar o trabalho num prazo tão curto, além de mobilizar uma equipe sênior e multidisciplinar, tivemos que eliminar qualquer importação de componentes. Realizamos um processo intenso de engenharia e logística para que fosse possível utilizar apenas a tecnologia nacional disponível. Fabricamos, montamos e testamos essa nova linha em nosso laboratório, seguindo as restrições de uma nova realidade de trabalho”, explica Vianna.

Máscaras foram destinadas aos funcionários da GM, além de doações para a comunidade

Revolução 4.0 x Covid

Desenvolvido em parceria com o núcleo de inovação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, os projetos IoT x Covid e Cobot x Covid buscam desenvolver ferramentas capazes de proteger profissionais de saúde. Uma das propostas do programa é pensar na UTI do futuro. Um espaço onde seja possível, sem entrar no quarto do paciente, fazer os ajustes e prestar os serviços necessários para manter a estabilidade e ajudar na recuperação.

O Iot x Covid foi pensado para reduzir a exposição de enfermeiras e técnicas de enfermagem às bombas de infusão, um equipamento que libera medicamentos nas veias dos pacientes na UTI. Para tal, foi criada uma plataforma que permite controlar o equipamento à distância. Ao invés de fazer a programação no teclado, a programação da receita para o paciente é feita de forma remota, numa técnica que permite ministrar medicamentos à distância.

Todo o trabalho foi realizado de forma colaborativa com médicos do hospital, que identificaram como poderiam ajudar a reduzir o nível de contaminação. No projeto Cobots x Covid o foco foi proteger as pessoas que manejam o lixo na UTI. Através do uso de inteligência artificial, a lata avisa o robô de que é necessário fazer o recolhimento o lixo. O robô, por sua vez, faz a reposição do saco no container do leito, veda o saco por sistema de frisamento, retira o lixo cheio e coloca em um transbordo, um tipo de container de acúmulo.

Também está sendo desenvolvida uma ferramenta capaz de acompanhar o paciente da UTI em sua recuperação em casa. Uma plataforma aberta, que é capaz de conectar e capturar dados de oxímetros de diferentes modelos e gerações, para acompanhamento remoto do paciente.

Com toda vulnerabilidade que a pandemia do coronavírus evidenciou, o processo de digitalização no setor de saúde deve ser adiantado. “As tecnologias da indústria 4.0 têm uma oportunidade gigantesca no ambiente hospitalar. E todas as tecnologias abraçadas pela área da saúde geram impacto muito grande quando são bem sucedidas”, explica o Diretor do InovaHC e do Instituto de Radiologia (InRad), Marco Bego.

Nos projetos em parceria com a SPI Integração de Sistemas, Bego afirma que os processos da Indústria 4.0 estarão cada vez mais presentes no setor da saúde. “É uma parceria com grande potencial de evoluir para atender outras instituições do sistema de saúde brasileiro, no entanto, o protótipo depende de investimentos para se tornar realidade no setor, mas já mostra o legado em termos de desenvolvimento e de domínio das novas tecnologias, o que poderá ser utilizado como suporte ao tratamento de outras doenças”, diz.

Sobre a SPI Integração de Sistemas

A SPI é uma empresa nacional, com 28 anos de mercado, que integra tecnologias da Revolução 4.0 com o objetivo de turbinar a produtividade de nossos clientes. Possui uma equipe multidisciplinar de profissionais composta por engenheiros e técnicos de quatro áreas de conhecimento da engenharia: produção, mecânica, elétrica e software, com expertise em tecnologias como a robotização, internet das coisas, inteligência artificial, realidade aumentada, sistemas ERP, sistemas PLM, sistemas MES, sistemas LIMS, sistemas SCADA, sistemas DCS, dispositivos móveis, beacons, dentre outras. Possui dois centros tecnológicos, um em São Caetano do Sul (SP) e outro em São Leopoldo (RS). A empresa conta ainda com escritórios em Curitiba (PR), Detroit (EUA) e Rosário (Argentina).

Sobre o InovaHC

O Núcleo de Inovação Tecnológica – InovaHC – conecta empreendedores e recursos, a fim de gerar soluções de inovação em saúde mais eficientes para gestores, médicos e pacientes. Para isso, atua com três frentes: In.cube (Incubadora de ideias), In.pulse (Aceleradora de negócios) e In.pacte (impacta pessoas por meio do apoio à potencialização e à escalabilidade dos negócios desenvolvidos). Sua proposta geral está de acordo com as leis estadual e federal, que têm como motivação tornar a inovação tecnológica um componente estratégico de economia e desenvolvimento.


24 de Fevereiro de 2021
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