Segundo encontro do Ecossistema de Inovação alinha ações para a (Re)Construção de São Leopoldo

Por: Imprensa ACIST-SL 

Na última quarta-feira, 29, ocorreu no Tecnosinos o segundo encontro do Ecossistema de Inovação de São Leopoldo entorno dos projetos de (Re)Construção. O fórum coordenado pela Governança do Parque Tecnológico São Leopoldo e integrado por representantes de empresas, de entidades de classe e de órgãos públicos tem como propósito impulsionar a reestruturação de São Leopoldo após a mais grave catástrofe climática da sua história. As inundações atingiram 70% da cidade, resultando em 180 mil pessoas afetadas, 14 mil desabrigados e cerca de 8 mil CNPJs impactados.

O Ecossistema se propõe a contribuir não apenas para a reconstrução, mas também para a reconfiguração da cidade, assumindo um papel consultivo junto ao Poder Público. Diversas questões se apresentam nesse contexto: desde a definição da futura infraestrutura das áreas afetadas até a escolha das ferramentas mais adequadas para previsão e controle das precipitações.

“Neste momento de crise, a ativação do Ecossistema de São Leopoldo permite somar esforços para a inovação, levando mais sustentabilidade e resiliência para a cidade e o Estado”, avaliou o gestor executivo do Tecnosinos e de Inovação e Tecnologia da Unisinos, Silvio Bitencourt da Silva.

A reunião contou com novos integrantes e a pauta foi marcada pela apresentação dos seis grandes projetos que norteiam as ações do Ecossistema neste momento. O Projeto 1 irá buscar as opções de financiamento, crédito e investimentos disponíveis; o Projeto 2 será focado nas soluções tecnológicas oferecidas por empresas e startups; as soluções jurídicas estarão sob a responsabilidade do Projeto 3. Desenvolver respostas inovadoras sobre saúde coletiva norteará o Projeto 4 enquanto o Projeto 5 atuará com iniciativas voltadas às MPEs. O Projeto 6 tratará soluções para a educação.

Para a elaboração dos planos de ação dos Projetos, foram criados Grupos de Trabalho a partir das competências de cada integrante. Quinzenalmente, o Ecossistema irá se reunir para alinhar as propostas de cada GT.

O presidente da ACIST-SL, Daniel Klafke, apontou que validar estes projetos é muito importante, pois a qualificação e credibilidade dos membros do Ecossistema criam uma nova força, chancelando ideias que visam o bem e o crescimento de toda a cidade. “Somos um conjunto de agentes que pensam no mesmo objetivo”, sintetizou.

Juliano Maciel, secretário de Desenvolvimento Econômico, Turístico e Tecnológico (Sedettec) de São Leopoldo, apontou que todas as iniciativas para a retomada da normalidade são bem-vindas. “Estamos com 70% da cidade arrasada e pensar fora da caixa é essencial para a nossa recuperação”. Ele salientou que um diferencial de São Leopoldo, que são os coletivos – como o Tecnosinos e a Câmara Temática da Indústria – farão a diferença nesta retomada. “Temos um grande potencial tecnológico e de inovação que serão essenciais”, disse.

Atuação da Higra

Maciel citou a Higra como um exemplo da soma de esforços que aconteceu na cidade. A empresa forneceu seis bombas para drenar a água de volta para o Rio do Sinos. O CEO da Higra, Alexsandro Geremia, informou que já foram colocados 10 bilhões de litros de água para dentro do rio e fez um alerta: os bairros poderão novamente ser atingidos. Por isso, considerou que é momento de avaliar o futuro, pensando em aumentar as áreas de alagamento.

Ações do Ecossistema 

Algumas atividades já estão sendo realizadas por integrantes do Ecossistema. O decano da Escola Politécnica da Unisinos, Sandro Rigo, relatou a iniciativa de limpeza e consertos de equipamentos eletrônicos por parte de professores, alunos e egressos voluntários. Também está realizando voluntariamente inspeções em edificações e de viabilidade urbanística para reassentamento e construção civil para os desabrigados.

Já a ACIST-SL abriu a sua sede social para receber e destinar doações para pessoas e empresas atingidas pela inundação e formalizou junto à Câmara Temática da Indústria a lista com os pleitos do setor produtivo do município.

O Sebrae RS, conforme Marcos Copetti, gerente da Regional Vale do Sinos, Caí e Paranhana, remanejou seu orçamento para destinar mais de R$ 45 milhões a fundo perdido para ajudar as micro e pequenas empresas dos municípios atingidos pelas enchentes. O objetivo é auxiliar os negócios no mapeamento das necessidades para a recuperação do espaço físico, de materiais e de insumos por meio da consultoria Sebraetec Supera. A entidade também oferecerá auxílio financeiro aos empreendedores atendidos. “Estamos fazendo uma grande força-tarefa para suprir São Leopoldo”, falou.

As empresas beneficiadas passarão por uma avaliação e consultoria do time do Sebrae-RS. Após o diagnóstico, receberão um reembolso para arcar com reparos, manutenção ou reposição de equipamentos e mobiliário afetados pelos alagamentos. Os valores vão de até R$ 3.000,00 (MEI), apoio de até R$ 10.000,00 (ME) e R$ 15.000,00 (Empresa de Pequeno Porte).

Para obter os recursos, o empreendedor precisa acessar a plataforma https://sebrae.rs/sebraetecsupera

O encontro contou ainda com a participação do pró-reitor Acadêmico e de Relações Internacionais da Unisinos, Guilherme Trez, de representantes da ACIST-SL, Sebrae, Senac, Sicredi, OAB-RS, bem como das empresas HCL, HT Micron, Oliva Construções, SAP, Higra, Klabin SA, Voga Arquitetura, Upsensor, Gabster, 3S Solar Sustainable e Vila Rica.


05 de Junho de 2024
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