Prêmio Roser anuncia vencedores da 9ª edição
Grupos Relieve to Live, Jardim Vivo e Huná – Projeto Guaraná se destacaram por apresentar soluções inovadoras e relacionadas com pesquisa acadêmica
Pense que hoje está um dia corrido e você saiu sem regar o jardim. Mas, utilizando um aparelho celular, consegue definir o horário exato para irrigar as plantas. Ou, quem sabe utilizar uma roupa produzida a partir de um biomaterial proveniente dos resíduos do guaraná? Estas e outras soluções foram apresentadas 9ª edição do Prêmio Padre Francisco Xavier Roser SJ de Empreendedorismo de Inovação. A maratona multidisciplinar online teve a banca final de avaliação realizada no último sábado, 28. Os grupos Relieve to Live, Jardim Vivo e Huná – Projeto Guaraná foram os que apresentaram as melhores soluções, sendo confirmadas como as vencedoras da edição 2020.
O prêmio é promovido pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), por meio da Unidade de Inovação e Tecnologia (Unitec) e do Parque Tecnológico São Leopoldo – Tecnosinos. É direcionado a estudantes de ensino médio, ensino técnico, graduação e pós-graduação de todo o Rio Grande do Sul, além de professores, funcionários da Unisinos e de empresas da Unitec/Tecnosinos. Uma das organizadoras do prêmio, a coordenadora do Programa Talentos Tecnosinos, Tassiane Kinetz, elogiou o comprometimento das equipes durante a maratona. “Essa foi a primeira vez que realizamos a competição de forma remota. Tínhamos receio de que não houvesse tanto engajamento, por ser online. Mas, ao contrário. Os jovens conseguiram aproveitaram os workshops, mentorias e todo o material compartilhado pela Semente Negócios”.
Tassiane também destacou utilização da metodologia utilizada, que leva em conta os cinco eixos propostos pelo Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne), desenvolvido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec): capital, mercado, empreendedor, gestão e tecnologia. Para ela, o grupo vencedor, que desenvolveu um dispositivo vestível (wearable) para diminuir as dores da Síndrome da Fibromialgia a partir da termoterapia, ressalta a importância maratona. “A Relieve to Live apresentou um projeto que traduz a essência do Prêmio Roser, que é fomentar e desenvolver ideias em sala de aula para que se transformem em empresas. Queremos que mais projetos de pesquisa possam ser trabalhados com um olhar de negócio”.
Criado em 2012, o Prêmio Roser é uma competição empreendedora inovadora, prática e transdisciplinar aberta a comunidade. Visa fomentar o empreendedorismo de base tecnológica, através da consolidação de modelos de negócios, produtos, processos ou serviços inovadores nas seguintes áreas: tecnologia da informação; automação e engenharia; comunicação e convergência digital; tecnologias para saúde; tecnologias socioambientais.
CONHEÇA OS VENCEDORES
1º LUGAR: Relieve to Live
Integrantes do grupo: Ana Paula Lima, Bruna Leticia Land, Gabriel Rodrigues da Silva e Gustavo Diersmann Costa.
Solução: dispositivo vestível (wearable) para diminuir as dores da Síndrome da Fibromialgia a partir da termoterapia.
A Síndrome da Fibromialgia é uma doença crônica que causa dores intensas de 12 a 18 pontos do corpo entre outros sintomas. Por ser crônica não há cura, apenas são utilizados tratamento para a diminuição dos sintomas. A Relieve to Live tem como objetivo desenvolver, aplicar e validar um dispositivo vestível (wearable) para diminuir as dores da Síndrome da Fibromialgia, a partir da termoterapia (terapia de alívio da dor a partir do calor). A solução desenvolvida é uma faixa, que possui dois pontos de aquecimento, com um controlador local, onde o paciente pode aumentar e diminuir a intensidade da temperatura. Isso faz com que o paciente tenha total autonomia sobre o tratamento, além de ter uma bateria portátil.
2º LUGAR: Jardim Vivo
Integrantes: Bruno Roth, Henrique Tiggemann e Vitória da Silveira Santos.
Solução: ferramenta inteligente para automatizar o processo de irrigação de jardins, gramados e plantas, evitando o desperdício de água.
Sabendo que a grama mais verde é sempre aquela que regamos, o grupo Jardim Vivo desenvolveu uma ferramenta para automatizar o processo de irrigação de jardins, evitando desperdícios e tornando este processo mais simples, através da tecnologia de IoT. A ferramenta permite definir o dia e horário exato para regar o jardim. O projeto foi criado com o objetivo de eliminar a preocupação dos usuários, principalmente durante as férias de verão.
3º LUGAR: Huná – Projeto Guaraná
Integrantes do grupo: Giovanna Renck, Pedro Marostega Santos e Vitória Tomé.
Solução: biomaterial sustentável, com valor social agregado para os adeptos ao slow fashion.
O projeto consiste na pesquisa para o desenvolvimento de um biomaterial proveniente dos resíduos do guaraná. A partir da casca, um resíduo que normalmente é descartado, o Huná- Projeto Guaraná busca produzir um biomaterial, tendo o guaraná como matéria-prima para ser usado em vestimentas e objetos no meio da moda. O produto a ser desenvolvido será sustentável e trará uma solução inovadora para diminuir o impacto da poluição no meio ambiente. A proposta é usar, além do tingimento natural, a pigmentação a partir de bactérias, uma vez que este método utiliza a menor quantidade de água e gera a menor quantidade de resíduos.
VEJA COMO FOI A BANCA FINAL DO PRÊMIO ROSER