Na última terça-feira, 17, ocorreu a Oficina de Empreendedorismo que integra o evento Formação do Colegiado Unisinos 2025/1. Os objetivos foram refletir sobre estratégias que promovam o engajamento docente e discente na Universidade; conhecer e discutir sobre temáticas que perpassam a atuação docente contemporânea, alinhadas aos objetivos institucionais; e promover o senso de pertencimento e a aprendizagem entre pares.

Discutindo a temática do empreendedorismo e sua relação com o ambiente acadêmico estavam a professora Gisele Spricigo, o gestor executivo do Tecnosinos, Silvio Bitencourt, o presidente da Acist São Leopoldo e CEO da W3K, Daniel Klafke, e o CTO da Versolid, Cauã da Silva Quintão.

Abrindo o painel de discussão, Spricigo falou sobre como a Unisinos vem trabalhando para aproximar a academia do mercado. “Não se tem dúvida de que o nosso papel como universidade é de fomentar o empreendedorismo. Talvez o estudante não vá empreender durante a graduação, mas ele vai ter os conhecimentos básicos para que, em seu futuro, coloque em prática o que aprendeu e inicie o seu negócio. Isso se discute muito dentro de uma perspectiva de terceira missão da universidade, que é o vínculo da instituição com o mercado, fomentando o desenvolvimento de empreendedores”, relata.

Bitencourt incentivou a aproximação com o parque e com os processos de incubação descrevendo aos professores o funcionamento do ecossistema de inovação da universidade, que também é composto por diferentes ambientes de inovação. “O Tecnosinos é um arranjo territorial, que tem um conselho compartilhado. O Centro Empresarial Padre Rick, o Polo de Informática e as Unitecs formam o Tecnosinos. Todos estes espaços podem ser acessados pelos professores e pesquisadores da Unisinos”, ressalta.

Para Klafke, a universidade tem papel fundamental no incentivo à inovação, contribuindo para a busca de soluções para os problemas da cidade, apontando uma oportunidade por meio do sandbox regulatório, que está sendo formado a partir da Lei da Inovação. “Esta legislação permite que startups – e muitas surgem dentro das universidades – possam pivotar projetos por um tempo determinado sem necessitar atender a alguns regramentos já estabelecidos”, explica, aproveitando a fala para elogiar o evento. “Estes encontros são importantes na formação do aluno que está na graduação, pois incentivam o desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora”, assinala o presidente.

Cauã da Silva foi convidado a falar sobre empreendedorismo na prática, por ser estudante do curso de Engenharia Biomédica e CTO da Versolid Impressão 3D, empresa incubada no Parque. Ele cita que seria importante que todos os professores incentivassem os alunos a empreenderem por meio de atividades na grade curricular. “Estudar e empreender são dois mundos diferentes. Num momento, estamos fazendo a gestão da empresa e noutro, fazendo provas e entregando trabalhos”, aponta.