Estamos vivendo mais. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2018), no Brasil, a expectativa de vida dos homens é de 72,5 anos e das mulheres de 79,6 anos. Até 2060, a população com 80 anos ou mais deve somar 19 milhões de pessoas. Esse aumento da expectativa de vida se constitui em um desafio não apenas para o nosso país. Neste sentido, a diretora do Parque Tecnológico São Leopoldo – Tecnosinos, Susana Kakuta, recebeu, no dia 16, representantes da Task Force Health Care, da Holanda, com a parceria do Escritório Comercial da Holanda, Sebrae RS e Governo do Estado.

O encontro teve por objetivo aproximar a relação entre Brasil e Holanda, na busca por soluções inovadoras que garantam que a população envelheça com mais saúde. Na oportunidade, Susana apresentou o ambiente da Unisinos. “O Tecnosinos conta com 93 empresas de base tecnológica, em cinco áreas de atuação. Aqui, temos o ambiente perfeito para desenvolver tecnologias da saúde. Contamos com a expertise de empresas consolidadas, startups, institutos de pesquisa e doutores da universidade, com forte atuação em pesquisa na área”.

O diretor da Task Force, Micha van Lin, destacou os desafios que compartilhados: envelhecimento da população, doenças crônicas e melhoria das tecnologias médicas. “O sistema holandês atua com quatro princípios fundamentais: acesso para todos, solidariedade, alta qualidade e parcerias público-privadas. Queremos aproximar empresas dos dois países na busca por soluções utilizando tecnologia que ataquem esses pilares”.

Para Susana, o que se gasta no Brasil em saúde não é um valor pequeno. Ela entende que, com utilização de inteligência artificial, é possível otimizar esses recursos. “No Sul, temos contato próximo com ambiente de inovação, hospitais, universidades e parques tecnológicos, que podem construir soluções para problemas enfrentados nos dois países”.

Comitiva holandesa visitou a Hemocord

Após a reunião, a comitiva holandesa visitou a Hemocord, empresa instalada no Tecnosinos, que atua na área de medicina regenerativa e possui o primeiro banco de células-tronco de cordão umbilical com laboratório de criopreservação do Rio Grande do Sul.