Lançamento do Programa Ventiur AgTech marca novas frentes da aceleradora

Um estudo realizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) aponta que, até 2050, a população mundial pode chegar a 9 bilhões de habitantes e a maior parte concentrada em centros urbanos. Assim será necessário produzir 100% mais carnes e 50% mais grãos. Para este aumento, 40% ainda será possível crescer através de tecnologias, mas para os 60% restantes deste crescimento será necessário expandir utilizando novas áreas.

Embora alarmante, o levantamento coloca o Brasil na rota das oportunidades no agronegócio, uma vez que existem poucos países no mundo com áreas aptas não cultivadas (90% encontram se na América do Sul e África) e o Brasil é o maior reservatório mundial de água. De olho neste cenário, a aceleradora Ventiur, instalada no Parque Tecnológico São Leopoldo – Tecnosinos, realizou dois movimentos para reforçar a sua relação com o mercado Agrotech.

O primeiro foi a aquisição da Winnova, outra aceleradora gaúcha, cujos sócios tem forte presença na área do agronegócio. A aquisição inclui as operações, metodologias e equipe. O fundador e CEO da Ventiur, Sandro Cortezia, aponta os motivos da aquisição: “Identificamos muita sinergia e alinhamento de propósitos e temos convicção que a Winnova, com suas competências, agregará valor e novas práticas de excelência para nossos processos de aceleração”. Com a aquisição, Guilherme Kudiess, sócio e diretor da Winnova, passa a atuar como COO da Ventiur.

O segundo movimento foi o lançamento, realizado durante a Expointer, de um programa de aceleração e investimento em startups com soluções focadas no agronegócio. Chamado de Grupo de Investidores Ventiur AgTech, será formado por empresas e investidores que conhecem o agro, visando agregar “smart-money” às startups selecionadas. “Identificamos que as aceleradoras estão nas grandes cidades. Porém, as startups agro estão localizadas no interior, próximos aos seus clientes. Com isso, muitos negócios com potencial acabam sem investimento”, explica Kudiess.

O grupo deve aportar um valor de R$ 5 milhões em até 25 startups, podendo ser feito por investidores pessoa física, jurídica e também na modalidade de Corporate Venture. Dessa forma, empresas que tem o interesse na aproximação ou investimento em startups, podem definir até três desafios, que serão usados para a seleção de startups com sinergia aos problemas relacionados. Tendo assim a prioridade no co-investimento.

Perfil das startups para o Ventiur AgTech:
– Startups que resolvam problemas reais do agronegócio;
– Em estágio operacional ou pré-operacional;
– Escaláveis, baseadas em tecnologia e inovação;
– Com diferenciais estratégicos, competitivos e mercado amplo;
– Empresas com dois ou mais sócios, ao menos um com dedicação exclusiva e um sócio
técnico, além de conhecer muito bem o ramo de atuação;

Interessados em investir, participar ou saber mais informações sobre o Ventiur AgTech podem entrar em contato diretamente com Guilherme Kudiess, através do email guilherme@ventiur.net ou pelo Whatsapp +55 51 98269-8262.